quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Representante de produtor denuncia pressão do governo

Ana Paula Pedrosa

Fonte: www.otempo.com.br (Publicado em: 14/10/2009)

Segundo Rebelo, objetivo é fazer irrigante se calar sobre multas

Para diretor do Distrito de Irrigação, negociação voltou à estaca zero
As negociações entre os produtores do Jaíba e o governo do Estado estão de "mal a pior", segundo o diretor do Distrito de Irrigação do Jaíba II e diretor da Ibá Agroindustrial, Eduardo Rebelo. "O governo sinalizou, mas não fez nada. Continuamos com as multas e com o material (carvão e lenha) embargados. Voltamos à estaca zero", afirma.

De acordo com ele, depois da reunião da última quarta-feira, que durou cinco horas e não resolveu os problemas dos produtores, não há mais nada marcado. "Eles (os representantes do Estado) falaram que iam chamar produtor por produtor para avaliar cada caso, mas isso não aconteceu. Não vejo mais esperanças", reclama. Ele diz que nem mesmo o levantamento do valor das multas já aplicadas foi apresentado.

Intimidação. De acordo com ele, além de não conseguir avançar nas negociações, os representantes do Estado têm feito intimidações para que os produtores parem de reclamar do equívoco na aplicação das leis ambientais na região. "Eu sofri uma intimidação hoje (ontem). Falaram que eu tinha tirado material de reserva florestal e levado para a minha carvoeira e que tinham até um dossiê com fotos. Isso não existe. A carvoeira está desativada há dois anos", afirma.

Segundo ele, seu advogado vai entrar com um processo para esclarecer a situação. "Eu não devo nada", garante. De acordo com ele, no local onde o material teria sido retirado não há condição nenhuma de funcionar uma carvoeira porque ali há um prédio administrativo de sua empresa.

Irrigante diz que multas foram indevidamente aplicadas

Os produtores do Jaíba, que se encheram de esperança quando o governo afirmou que iria analisar caso a caso as punições aplicadas na região, saíram frustrados da reunião da semana passada. O diretor do Distrito de Irrigação do Jaíba II, Eduardo Rebelo, diz que eles achavam que a reunião seria definitiva, mas se enganaram completamente.

"Ainda não houve resultado positivo. Ainda estamos aguardando", afirma. Ele completa dizendo que não foi fixado nenhum prazo para as decisões sobre o imbróglio ambiental que se instaurou no local.

Rebelo reforça também que as multas - algumas superiores a R$ 1 milhão - foram indevidas. "Eles falaram que a gente pode plantar, mas como, se continuamos com as multas nas costas? Nosso interesse é que as multas indevidas sejam retiradas e o material lenhoso seja entregue para a gente." (APP)

2 comentários:

  1. Enquanto este ZÉ CARLOS CARVALHO, estiver por aí, podem esquecer. Um burocrata comandado por ONGS e com aspirações politicas sem o minimo de pudor para a causa social. Na verdade a culpa maior é mesmo das lideranças da região que deixa um forasteiro qualquer cantar de galo em nosso quintal.

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  2. Alguem já cantou esta pedra ha alguns dias atrás. É só reler os comentários anteriores! Forças ocultas continuam atuando. Acordem Norte Mineiros!!

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