sábado, 10 de outubro de 2009

Taxa de desocupação cai para menor nível da série em 2008, mostra Pnad

18/09/09 - 10h54 - Atualizado em 18/09/09 - 11h05

Do Valor OnLine

“"O setor da economia que mais empregou em 2008 foi a agricultura, com 16,1 milhões de ocupados, seguido de perto pelo comércio, com 16,093 milhões. Apesar da liderança, o setor agrícola viu sua mão de obra encolher, ficando abaixo dos 16,536 milhões de trabalhadores de 2007.”

RIO - A taxa de desocupação no Brasil caiu para 7,1% no ano passado, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2008), divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O patamar é o menor da série histórica, iniciada em 2001.

"O comportamento é bem similar ao que a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) vem mostrando. Mesmo assim, ainda temos um passivo muito forte de desocupação", ponderou Cimar Azeredo, coordenador da PME.

Segundo ele, os dados de 2008 incorporaram a zona rural da Região Norte, que até então não eram captados pela Pnad. Na série histórica - que não engloba os dados rurais do Norte do Brasil - a taxa de desocupação mais baixa havia sido de 8,2%, em 2007, enquanto no ano passado a taxa de desemprego se manteve no menor nível mesmo com a exclusão do Norte rural - passando, neste caso, para 7,2%.

Azeredo ressaltou que os dados apresentados pela Pnad 2008 não englobam os efeitos da crise financeira internacional, uma vez que as coletas são realizadas em setembro, justamente o mês em que o cenário internacional começou se deteriorar com mais intensidade.

O contingente de ocupados no país pulou de 89,899 milhões em 2007 para 92,395 milhões no ano passado. O setor da economia que mais empregou em 2008 foi a agricultura, com 16,1 milhões de ocupados, seguido de perto pelo comércio, com 16,093 milhões. Apesar da liderança, o setor agrícola viu sua mão de obra encolher, ficando abaixo dos 16,536 milhões de trabalhadores de 2007.

Os trabalhadores também testemunharam no ano passado um crescimento expressivo da formalização no mercado de trabalho. O contingente de empregados e trabalhadores domésticos com carteira de trabalho assinada foi de 35,1% do total de ocupados em 2007 para 36,4% no ano passado. Em termos absolutos isso significou um aumento de 31,576 milhões de pessoas para 33,656 milhões de trabalhadores.

(Rafael Rosas | Valor)

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