Este Blog tem como objetivo alertar toda a população do Estado de Minas Gerais e principalmente a do Norte de Minas quanto ao impacto sócio-econômico da "inclusão" do ecossistema Mata Seca da Bacia do São Francisco no bioma Mata Atlântica.
miopia desenvolvimentista ainda domina a visão da gananciosa elite ruralista norte mineira
isso é o que na verdade se consegue extrair desses dizeres, da política que tem se transformado esse suposto debate de posições fechadas, frente a questão da mata seca!
em que a sede de enriquecer mais à custa das pequenas e tradicionais populações rurais, da diversidade da natureza, não se coloca, por que será?
Essa posição é praticamente a mesma que a ditadura militar defendia em 1972 quando aconteceu a primeira Conferência da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente. No fundo diz mais ou menos: "todo mundo quer se enriquecer, eu também, agora nós vamos ter que pagar o pato?, eu quero é continuar ganhando (pouco interessa quem tenha que sofrer por isso..)".
A insensibiidade frente as condições da vida da natureza, assomadas a esbravegante ânsia por lucro, através de um discurso que atrela retoricamente o progresso econômico a um suposto e ilusório bem estar de todos, que não acontece, que não tem como acontecer através desta lógica.
Ê Delfim Neto, ainda você... : "deixar o bolo crescer, para quando estiver grande, bem, muito grande nós possamos repartir com todos"...
-um bolo que cresce apenas na mãos de uns poucos (o Brasil bate recordes de concentração de renda e desigualdade econômico-social)
-o limite desse crescimento (crescimento econômico) se coloca além de qualquer horizonte visível, isto é, na verdade, os poucos nunca querem que esse limite surja ou seja colocada, mesmo que sociedade inteiras tenham que viver na miséria, que milhões de vidas sejam afetadas pelo uso indiscriminado da natureza, como se ela fosse simples e apenas recursos para o bel prazer dos homens (e só alguns...)
Fico desesperançado com tudo isso, com a mediocridade humana, projetos insensíveis e enganosos de barragens, projetos faraónicos de irrigação, a destruição do cerrado primeiro para produção de lenha com mata nativa, depois para a indiscriminada monocultura estério de eucalipto, quando não a pecuária extensiva que compacta o solo, retira praticamente todo vegetação arbórea (importante até para o próprio gado), difunde a monocultura de pastos, tudo isso leva a menor infiltração de água no solo, maior impacto no momento das chuvas, erosão do solo porque não tem mais vegetação que infiltre água nem sistemas radiculares que sustentem o solo.., então, assoreamento dos rios, um mundo de terra e areia preenchendo as valas dos rios, que assim com qualquer chuvinha inunda devastadoramente um tanto de terras e habitats. Secam as nascentes, o que fazemos? trazemos água de longe de modo indiscriminado, ou perfuramos inumeros poços. Já que acabamos com as águas suberficiais, acabemos agora com as subterrânes. Assim alimentamos o ciclo de falta de disponibilidade hídrica, as únicas fontes subterrâneas que ainda sustentavam algum pequeno curso d'água, já foi sugada por bombas, matados os rios e uma de nossas principais fontes de sobrevivência.
Mas tudo isso não tem problema, um dia ainda vamos conseguir comer dinheiro, fazer sexo com ele, bebe-lo, literalmente, pois é nessa direção que vamos caminhando.
miopia desenvolvimentista ainda domina a visão da gananciosa elite ruralista norte mineira
ResponderExcluirisso é o que na verdade se consegue extrair desses dizeres, da política que tem se transformado esse suposto debate de posições fechadas, frente a questão da mata seca!
em que a sede de enriquecer mais à custa das pequenas e tradicionais populações rurais, da diversidade da natureza, não se coloca, por que será?
Essa posição é praticamente a mesma que a ditadura militar defendia em 1972 quando aconteceu a primeira Conferência da ONU sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente. No fundo diz mais ou menos: "todo mundo quer se enriquecer, eu também, agora nós vamos ter que pagar o pato?, eu quero é continuar ganhando (pouco interessa quem tenha que sofrer por isso..)".
A insensibiidade frente as condições da vida da natureza, assomadas a esbravegante ânsia por lucro, através de um discurso que atrela retoricamente o progresso econômico a um suposto e ilusório bem estar de todos, que não acontece, que não tem como acontecer através desta lógica.
Ê Delfim Neto, ainda você... : "deixar o bolo crescer, para quando estiver grande, bem, muito grande nós possamos repartir com todos"...
-um bolo que cresce apenas na mãos de uns poucos (o Brasil bate recordes de concentração de renda e desigualdade econômico-social)
-o limite desse crescimento (crescimento econômico) se coloca além de qualquer horizonte visível, isto é, na verdade, os poucos nunca querem que esse limite surja ou seja colocada, mesmo que sociedade inteiras tenham que viver na miséria, que milhões de vidas sejam afetadas pelo uso indiscriminado da natureza, como se ela fosse simples e apenas recursos para o bel prazer dos homens (e só alguns...)
Fico desesperançado com tudo isso, com a mediocridade humana, projetos insensíveis e enganosos de barragens, projetos faraónicos de irrigação, a destruição do cerrado primeiro para produção de lenha com mata nativa, depois para a indiscriminada monocultura estério de eucalipto, quando não a pecuária extensiva que compacta o solo, retira praticamente todo vegetação arbórea (importante até para o próprio gado), difunde a monocultura de pastos, tudo isso leva a menor infiltração de água no solo, maior impacto no momento das chuvas, erosão do solo porque não tem mais vegetação que infiltre água nem sistemas radiculares que sustentem o solo.., então, assoreamento dos rios, um mundo de terra e areia preenchendo as valas dos rios, que assim com qualquer chuvinha inunda devastadoramente um tanto de terras e habitats. Secam as nascentes, o que fazemos? trazemos água de longe de modo indiscriminado, ou perfuramos inumeros poços. Já que acabamos com as águas suberficiais, acabemos agora com as subterrânes. Assim alimentamos o ciclo de falta de disponibilidade hídrica, as únicas fontes subterrâneas que ainda sustentavam algum pequeno curso d'água, já foi sugada por bombas, matados os rios e uma de nossas principais fontes de sobrevivência.
Mas tudo isso não tem problema, um dia ainda vamos conseguir comer dinheiro, fazer sexo com ele, bebe-lo, literalmente, pois é nessa direção que vamos caminhando.