quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Comissão quer discutir polêmica envolvendo nova Lei Florestal

Comissão quer discutir polêmica envolvendo nova Lei Florestal


16-Set-2009

No início de outubro a Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pretende realizar uma audiência pública - ou mesmo um debate público - para analisar as questões polêmicas da nova Lei Florestal do Estado. A sugestão do deputado Antônio Carlos Arantes (PSC) foi encampada na reunião desta terça-feira (15/9/09) pelo presidente da comissão, deputado Vanderlei Jangrossi (PP), que buscou a data mais próxima para a realização do evento.

Arantes argumentou que há muita desinformação nos meios produtivos, que estariam ignorando as conquistas já alcançadas, e sugeriu que sejam convidados os deputados federais envolvidos com o tema, tanto os representantes dos produtores como os ambientalistas, já que a legislação ambiental também vai mudar a nível nacional.

O deputado Vanderlei Jangrossi lembrou o acalorado debate durante a tramitação do PL 2.771/08 e citou uma contradição recente: a primeira propriedade rural confiscada por dívidas ambientais está prestes a ser entregue para assentamento de agricultores sem terra. "Se o produtor perdeu sua propriedade por não lhe ser permitido plantar, por que os pequenos agricultores terão esse tipo de permissão?", indagou.

Consultando a agenda da comissão, o presidente assinalou que na próxima terça-feira (22) haverá um debate sobre os limites da mata seca e os da Mata Atlântica, solicitado pela deputada Ana Maria Resende (PSDB). Será discutida nesse dia a controvertida inclusão, por decreto presidencial, da área do projeto Jaíba nas proibições de utilização da mata seca, atitude criticada pelos deputados do Norte de Minas.


Mecanização da colheita pode acabar com trabalho escravo

No dia 29 de setembro, a comissão debaterá o impacto do etanol no desenvolvimento de Minas Gerais. Jangrossi comemorou o sucesso dessa fonte de energia, que ele considera "limpa, renovável e capaz de propiciar o desenvolvimento econômico e social dos municípios produtores". O deputado informou que o Brasil deve exportar sua tecnologia de produção de álcool combustível para a África através de uma parceria com a União Européia, e comemorou o desenvolvimento das máquinas de colher cana. Para ele, a mecanização da colheita pode acabar com o trabalho escravo que sempre foi encontrado nos canaviais. No lugar dos migrantes que deixam seus estados para esse trabalho braçal, haverá trabalho para os técnicos que vão operar as máquinas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário